Recomendações para o enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente da pandemia de COVID-19
Um dos temas mais comentados em todo o mundo, desde 2020, a pandemia de Covid-19 não é um problema que possa ser considerado superado pelo coletivo. Durante esse período, diversas políticas públicas foram implementadas visando a contenção da propagação do vírus. A princípio, o isolamento social foi imposto como solução emergencial, e diversos órgãos, instituições e empresas passaram à realização dos trabalhos de modo remoto, com eventuais atividades sendo feitas sob os cuidados recomendados pelos órgãos governamentais nacionais e internacionais, tais como: higienização das mãos; uso de álcool 70%; distanciamento físico; não compartilhamento de objetos pessoais e ventilação de ambientes. Ainda assim, de acordo com dados estatísticos, até 2022, 690 mil mortes foram confirmadas em todo o território brasileiro.
Após inúmeras investidas científicas amparadas por entidades globais consolidadas, no desenvolvimento de vacinas de eficácia comprovada, no ano de 2021, com a chegada das primeiras doses ao país, implementou-se um calendário de vacinação nacional e o retorno às atividades presenciais tornou-se uma realidade possível, à medida que mais e mais pessoas procuraram os postos de saúde municipais para participar do processo de imunização. Como resultado de um salto na consciência coletiva da população brasileira, casos de mortes diminuíram em grande escala visto que os sintomas que impactam drasticamente o organismo de pessoas acometidas pelo coronavírus perderam força de forma considerável diante das aplicações de doses da vacina, de forma contínua, seguindo o calendário proposto. Assim, em março de 2022, a nível estadual, o uso de máscaras de proteção facial deixou de ser obrigatório.
Atualmente, o país vê emergir a circulação de novas sub variantes do vírus Sars-CoV-2 (especialmente a BQ.1) e o consequente aumento no número de casos confirmados da doença. Dessa maneira, recentemente, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná, alinhada aos órgãos internacionais, nacionais e municipais tornou pública uma nota em que mantém a recomendação do uso de máscaras facias de proteção, em ambientes fechados e aglomerados, e obrigatoriedade para quem está com Covid-19 ou para profissionais de saúde que têm contato com pacientes doentes.
Nesse sentido, a Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus de Campo Mourão, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Mourão e a Comunidade de Municípios da Região de Campo Mourão (COMCAM), que compõe a Secretaria do Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas do Paraná (SEDU) recomenda, à comunidade acadêmica e externa, o uso de máscaras de proteção facial, de uso individual, como uma das medidas de enfrentamento do Covid-19. Mais do que isso, a Unespar também frisa a importância de ser efetuado o processo de imunização completa, além de realizar os cuidados básicos que compõem um Equipamento de Proteção Individual (EPI) como a higienização das mãos com água, sabão e também álcool 70%, juntamente com a máscara de proteção facial. Além desses cuidados, é importante sempre manter o distanciamento físico e não compartilhar objetos pessoais.
Segundo o presidente da Comcam, Leandro Cesar de Oliveira: "é importante que a população tome os cuidados necessários, use máscara facial, álcool em gel e, também, por meio de vacinas, que foram tão difíceis de serem conseguidas lá no início de tudo, pois foi um processo doloroso e muito custoso. Agora que temos o acesso, a população não está aderindo. É importante a vacinação em massa. A prevenção é sempre o melhor caminho."
Vale ressaltar que, o Campus de Campo Mourão recebe anualmente estudantes de graduação e de pós-graduação dos municípios congregados pela Comcam: Altamira do Paraná, Araruna, Barbosa Ferraz, Boa Esperança, Campina da Lagoa, Campo Mourão, Corumbatai do Sul, Engenheiro Beltrão, Farol, Fênix, Goioerê, Iretama, Janiópolis, Juranda, Luiziania, Mamborê, Moreira Sales, Nova Cantu, Peabiru, Quarto Centenário, Quinta do Sol, Rancho Alegre do Oeste, Roncador, Terra Boa, Ubiratã.
Ainda de acordo com o Secretário Municipal de Saúde, Sérgio Henrique dos Santos: "houve uma baixa adesão da população mourãoense em relação à 3ª e à 4ª dose, até poucos dias atrás tínhamos dados em que apenas 60% das pessoas que tomaram a 1ª e a 2ª dose receberam a terceira dose; no caso da quarta dose, a situação piora, pois somente 40% dessas pessoas receberam. Isso demonstra um afrouxamento no cuidado por parte da população, o que é ruim, pois foi graças às vacinas que conseguimos chegar ao lugar em que estamos hoje. Agora, infelizmente, os números de contágio estão aumentando."
Sobre o uso de máscaras faciais, o Secretário reforça: "é importante, principalmente por parte daquelas pessoas que estão sintomáticas. Quando digo 'sintomáticas', não me refiro apenas às pessoas positivadas para a Covid-19; me refiro à qualquer sintoma de gripe. Além disso, os locais com grandes aglomerações também são uma questão a ter em conta, pois podem ser um fator determinante para a contaminação."
RESOLUÇÃO SESA Nº 786/2022 (CLIQUE AQUI)
DECRETO N° 9926 - PREFEITURA DE CAMPO MOURÃO (CLIQUE AQUI)
Confira a versão atualizada do Protocolo de Biossegurança da Unespar.
PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA DA UNESPAR (CLIQUE AQUI)
Sintomas e Diagnóstico
Os sintomas mais comuns da doença incluem febre, calafrios, dor de garganta e cabeça, tosse, coriza e perda de paladar e olfato. Segundo a Nota Técnica nº 14/2022 da Coordenação-Geral de Vigilância das Síndromes Gripais do Ministério da Saúde, considera-se em um quadro respiratório agudo o indivíduo que possua pelo menos dois destes sintomas. Em crianças, deve-se considerar também a obstrução nasal e em idosos a síncope, confusão mental, sonolência excessiva, irritabilidade e inapetência.
Já nos quadros mais severos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o paciente pode apresentar desconforto respiratório ou pressão persistente no tórax, queda na saturação de oxigênio abaixo de 94% e coloração azulada nos lábios ou rosto (cianose). Em crianças, é necessário observar também os batimentos das asas nasais, tiragem intercostal, desidratação e inapetência. Diante desse cenário a recomendação é buscar ajuda médica com urgência.
Em casos de suspeita da doença, orienta-se que a população procure atendimento médico na unidade de saúde mais próxima para avaliação e, se necessário, testagem para diagnóstico. A Sesa disponibilizou testes rápidos de antígeno para todos os municípios, além da realização permanente de testes RT-PCR nas 34 Unidades de Vigilância Sentinela de Síndrome Gripal – estes testes são recomendados para casos graves, surtos, gestantes, parturientes, puérperas e óbitos.
Os testes padrão ouro são realizados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), incluindo além do Sars-CoV-2, a testagem para Influenza A e B, vírus sincicial respiratório, rinovírus e adenovírus.
Ainda segundo a Nota Técnica nº 14/2022, os casos suspeitos ou confirmados da doença por qualquer um dos critérios laboratoriais ou clínico epidemiológico devem iniciar o isolamento domiciliar imediato, podendo suspender no 7º dia completo do início dos sintomas se estiver afebril e sem o uso de medicamentos antitérmicos há pelo menos 24 horas. Neste caso, recomenda-se a utilização de máscaras até o 10º dia completo do início dos sintomas. Essa orientação serve também para a relação trabalhista.
Se os sintomas permanecerem após o 7º dia, ou, ainda, se houver um novo exame positivo para Covid-19 (exceto autoteste) após o 5º dia do início dos sintomas, deve ser mantido o isolamento respiratório domiciliar até o 10º dia. O documento considera que o dia 0 é o dia do início dos sintomas, iniciando a contagem a partir das 24 horas seguintes e assim sucessivamente.
Perguntas e respostas sobre a pandemia:
É recomendado o uso da máscara em estabelecimentos de assistência à saúde, espaços ou ambientes fechados, de acesso coletivo e onde o distanciamento físico não possa ser assegurado. Também é recomendado a imunocomprometidos, não vacinados ou com esquema vacinal incompleto, idosos, gestantes, puérperas, funcionários e visitantes de Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI).
Ainda há obrigatoriedade?
Sim, mas apenas em casos específicos. O uso é obrigatório para pessoas com suspeita ou confirmação da Covid-19 e trabalhadores de estabelecimentos de assistência à saúde em espaços de atendimento a doença.
Há um aumento recente de casos?
Sim. A média móvel de casos desta quarta-feira (23) é de 1.543 confirmações, um aumento bem relevante comparado aos últimos 14 dias. Só em novembro, mais de 10 mil casos já foram diagnosticados no Paraná. Confira o último boletim no link abaixo.
Ainda não me vacinei, o que devo fazer?
Procurar uma unidade de saúde próxima da sua residência e agendar a imunização. As vacinas contra a Covid-19 estão disponíveis em todos os municípios do Estado.
Quando preciso fazer o teste para saber se estou com Covid-19?
Em casos de sintomas da doença ou contato com caso confirmado.
Se tiver com Covid-19 devo ir para o trabalho ou sair de casa?
A orientação do Ministério da Saúde é que os casos confirmados devem permanecer em isolamento domiciliar por pelo menos sete dias do início dos sintomas.
Qual é o período de isolamento?
Sete dias completos do início dos sintomas, quando estiver febril e sem o uso de medicamento antitérmico. Se os sintomas permanecerem, a orientação é manter o isolamento até o 10º dia.
Fonte: Agência Estadual de Notícias
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Por: Milleni Bezerra Moreira - Assessoria de Comunicação (comunicacao.campomourao@unespar.edu.br)