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Com o objetivo de diminuir disparidades entre estados, novo ministro da Educação toma posse nesta segunda (02)

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publicado: 02/01/2023 16h18 última modificação: 29/02/2024 14h49

Nesta segunda-feira, dia 02 de janeiro de 2022, às 10h da manhã, aconteceu a cerimônia de posse do novo ministro da Educação, Camilo Santana, no auditório que integra a sede da pasta, contando com a participação de ex-ministros, governadores, representações políticas ligadas à educação e outras autoridades. A transmissão da solenidade foi realizada pelo canal oficial do MEC, na plataforma Youtube.

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Após convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o senador, eleito pelo Partido dos Trabalhadores (PT) do Ceará, assumiu a dirigência do MEC juntamente com a ex-governadora Izolda Cela, que ocupou o cargo de secretária-executiva da gestão. 

No momento em que proferiu seu discurso, o ministro frisou pontos de projetos governamentais voltados à educação pública. Em relação à rede básica, ressaltou a importância do ensino em tempo integral em escolas, destacando que esse espaço "precisa ser criativo e atrativo", e que a nova roupagem promete reduzir índices de evasão escolar. Santana ainda pautou projetos em torno de temas como tecnologia e conectividade, uma vez que, segundo dados divulgados pelo IBGE em setembro de 2022, no Brasil, enquanto 98,2% de estudantes da rede privada têm acesso à internet, apenas 87% dos estudantes da rede pública utilizam a ferramenta.

No que diz respeito à rede de ensino superior, o ministro afirmou que ampliará o diálogo com as universidades federais, estaduais e institutos, destacando que "a universidade precisa ser um espaço livre, que estimula a liberdade de expressão", prometendo recuperar a credibilidade de programas como o ENEM, além de desenvolver um plano de retomada do FIES e do PROUNI. Ainda sinalizou que pretende reforçar o orçamento de universidades públicas – sustentadas pelo tripé ensino, pesquisa e extensão. "Um país que não investe na pesquisa está fadado ao fracasso", reforçou Santana, ao passo que cumprimentou a nova ministra de Ciência, Tecnologia e Inovações, Luciana Santos – vice-governadora de Pernambuco e presidente nacional do PC do B.

Nesse sentido, o ministro rememorou a criação de políticas como o Programa Cientista-Chefe, que integrou o plano desenvolvido em parceria entre o Governo do Estado do Ceará, por intermédio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior, e universidades públicas, a fim de estreitar relações entre meio acadêmico e gestão pública.

Para tanto, equipes de pesquisadores têm atuado em secretarias ou órgãos estratégicos do Governo do Estado com o intuito de investigar e propor soluções de ciência, tecnologia e inovação e melhorar a qualidade dos serviços prestados à população e, consequentemente, a qualidade de vida. A escolha e/ou indicação de pesquisadores atende critérios como produção científica, formação e ligação com núcleos de pesquisa de alto nível (segundo a classificação realizada pela Capes para especificar os cursos de excelência em todo o país) de instituições cearenses; outro requisito é que a área científica de atuação do pesquisador tenha relação com a atuação do órgão estadual a ser beneficiado com o programa.

Na oportunidade, o ministro também prestou homenagem à professora emérita e pesquisadora do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (CEALE) da Faculdade de Educação da UFMG, Magda Becker Soares, referência na área de alfabetização e letramento no Brasil, falecida no dia 01 de janeiro de 2023, aos 90 anos. "Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão", encerrou o discurso citando Paulo Freire, em Pedagogia do Oprimido (1968).

Em declaração dada à assessoria de Comunicação da Unespar, campus de Campo Mourão, a direção geral, representada por João Marcos Borges Avelar e Céres América Ribas, "entende que o caminho apontado pelo ministro para a recuperação da qualidade do ensino no Brasil, sinalizando investimentos na infraestrutura e na construção de novas políticas educacionais, pode elevar as universidades públicas a outro patamar."